sábado, 23 de julho de 2011

Típico

Carl Jung nasceu pouco depois da primeira metade do século dezenove na Suiça,
foi aluno dileto e dissidente do velho e bom pai Freud.

Uma razão da cizânia deles foi porque o Jung sacou que os viventes tem um inconsciente coletivo.

Ele afirma que carregamos uma memória ancestral, que tal qual a memoria de uso diário,
emerge quando algo atinge nossos órgãos do sentido;
um som , um cheiro, um gesto, um toque,  o sabor ou textura de uma comida ,  um brilho contra a vidraça, uma gargalhada...

Qualquer coisa pode abrir um postigo na nossa mente e nos remete a uma situação anterior,. assim é o inconsciente individual,  já o inconsciente coletivo oferece-nos uma cena calada na alma
de toda a humanidade desde os primórdios, até voltarmos ao topo das árvores catando insetos.

Deixa-nos ver uma nesga da nossa alma que se formou ao longo do percurso evolutivo.
São situações jamais vividas por nós mas que algum antepassado nosso encarou pro bem ou pro mal, que foi recorrente e provavelmente comum a todos os grupamentos humanos na luta pela sobrevivência.

Pro olhar do Jung, a par da nossa herança genética, carregamos uma herança sensível, moral, que determina nossa organização no mundo e do mundo.
O  inconsciente coletivo faz parte da  composição do nosso incosciente pessoal

O conhecimento da genética que vimos tendo, permite que o rastreamento do DNA, de todos nós, chegue até a  nossa fundação mais básica.

Os geneticistas que se ocupam dessa tarefa, tem encontrado os mais diversos genes em biotipos extremamente específicos.
Quer dizer, louros com ancestrais negros, ruivos com mouros, negros com chineses e por aí vai. 
Isso significa que partilhamos dos mesmos antecedentes, não importando a naturalidade a nacionalidade, a cor da pele, do cabelo, dos olhos...
e a organização da cadeia genética percebe uma memória biológica.

Acho que o Jung sabia das coisas e se assim for podemos aceitar que 
num passado remoto estávamos todos no Éden, colhendo maçãs com o casal  primata primordial.

"O meu pai era paulista, meu avô pernambucano, o meu bisavô mineiro, meu tataravô baiano, meu maestro soberano, foi Antonio Brasileiro".    Chico Buarque

                                                então inté jacaré..

2 comentários:

  1. Esse grande mestre :) obrigada por falar nele.
    Aparentemente meio sumida mas sempre lendo, lamentavelmente com pouco a dizer, sempre admirando, sempre pensando através do seu blog.
    Um beijo enorme de saudades

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  2. Olá Isa Alecrim.
    first step pra chegar na sombra,inda falta mais 1 ou 2 beijinhos e carinhos sem ter fim

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Olá, deixe seu recado para mim :o) Um beijo, Maliu