domingo, 5 de junho de 2011

Brunhilda

Como eu contei outro dia Odin era um pai muito amoroso e muito justo.

Tinha como filhas diletas as Valquírias,

que eram louras bonitíssimas, castas e dedicadas ao pai e

às suas tarefas no Asgard, o mundo lá deles..

Elas tinham o dever de se manter puras porque era esse o desígnio de Odin.

Acontece que a carne é fraca e o espírito compadece...

Brunhilda a menos loura de todas elas...(com isso quero dizer que ela não sumia de vez sob a luz do sol, ficava um "pentimento")

pois bom , ela se encanta por um guerreiro -que ainda não havia morrido-

e ele se deslumbra pela Brunhilda.

Lá pelos arredores da Ygdrasil, a árvore sagrada do Asgard,

tem uns matinhos,

umas bancas de madeira,

uns troncos velhos tombados pelos caminhos,

vários canteiros macios de diversas folhagens e flores cheirosas.

Em várias encostas, há umas grutas discretas e muitto aconchegantes,

(com espelhos estratégicos e serviço de quarto)

ou seja; muitos recantos aprazíveis pra namorar.

É o que eles fazem:

põem-se de beijinhos e carinhos sem ter fim e

vão perdendo um pouco a compostura,

vão ficando mais ousados acreditando que estão seguros.

Claro que Odim, o Deus Maior,

Envolto num vestido plúmbeo de nuvens e um capuz azul do céu.
 
que trocou um olho pra ter o dom da onisciência,

fica sabendo dessa transgressão e resolve punir a valquíria Brunhilda.

A punição para essa falta é a morte.

As valquírias são irmãs, nenhuma tem autoridade formal de

comando ou representação sobre as outras,

no entanto a valquíria Gertrude se sente  protetora das demais e

quando Odin declara a sentença,

Gertrude se interpõe e pede a Odin para reconsiderar.

É claro que ele não faz isso: Palavra de Deus não volta atrás. 

Esse trecho na ópera é impressionante pois sob as vozes de Odin e Gertrude

ouve-se o leitmotif do fogo que será o tema seguinte

e a orquestra repete e repete a tal frase ameaçadora.

(o ar como que se dobra nesse momento e sentimos um vento cortante
a nos ferir, não é força de expressão a coisa é física)
 
Brunhilda então é poupada, Odin decide que ela não morrerá.

Porque é um deus muito justo,

mas muito bom e ama profudamente suas filhas,

Odim decreta que Brunhilda ficará eternamente

adormecida em uma cama envolta em chamas...

Há, nos Alpes, o cimo de um monte que no outono,

por causa do ângulo de incidência dos raios do sol na neve,

parece, aos olhos de quem vê,

que o pico da montanha está pegando fogo.


Esse monte é chamdo de Leito de Brunhilda.


foi assim!                    então inté jacaré...


PS. minha eterna gratidão a minha querida  Mestra  Nelly Dutra

7 comentários:

  1. Gosto muito dos seus posts mitológicos. =)

    Não tem para Odin nem Thor, a Brunhilda sempre foi minha preferida quando o assunto é sobre os nórdicos.

    Um abraço!

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  2. Olá Kotsuki Fã dos Nórdicos,
    É, é uma história linda,linda.Vam' vê se eu falo do Sigfried, aí fica perfeito.
    Obrigada pela gentileza. então inté jacaré

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  3. Sam Sátrapa,
    obrigada pela presença.Beijinhos e carinhos sem ter fim.

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  4. A gente vê, Marli, a gente vê esses negócios tudo :D sente o cheiro e a textura das folhas. vê as caras dos deuses, imagina-os, sente emoção no desenrolar da história.

    que maravilha de blog este.

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  5. maliu dos muitos mitos, vc aceita sudistas dentre seus ja multiplos leitores? E que o Norte, até na saido da sua, hum, digitaçao, me da puro pavor. Ja o sul, ah, é familia, arrimo, conforto, consolo, deleite apesar dos imbroglios todos, Baci, aliki

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  6. Olá minha aliki de longe,
    aceito sim.pode dar as dicas, sendo algum que eu conheça podemos falar. Mas penso que os nórdicos são muito mal vistos pela transcrição dos latinos que os miravam como bárbaros...não será?
    gosto paca das suas participações. beijinhos e carinhos sem ter fim marli.

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Olá, deixe seu recado para mim :o) Um beijo, Maliu